Brasil tem mais de 12 milhões de terceirizados. Manifesto aponta prejuízos dramáticos

Brasil tem mais de 12 milhões de terceirizados. Manifesto aponta prejuízos dramáticos

Suspensão de aulas em ETECs e FATECs é mais um exemplo de que a precarização do trabalho só é boa para quem lucra com ela

A notícia de que ao menos 10 unidades de Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) e Faculdades de Tecnologia (FATECs), pertencentes ao Centro Paula Souza, tiveram as aulas presenciais substituídas por remotas na última semana de novembro, trouxe à tona mais um capítulo das histórias de precarização do trabalho no Brasil. A empresa terceirizada FC Clean, contratada pelo Centro para prestar serviços de limpeza nestas unidades, simplesmente deixou de pagar os salários aos seus funcionários, o que é fato recorrente, segundo denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação de Limpeza Urbana (Siemaco) de SP.

Manifesto organizado por entidades sociais e acadêmicas mostra que o país convive atualmente com cerca de 12,5 milhões de trabalhadoras e trabalhadores terceirizados, submetidos a salários muito menores, às piores condições de trabalho, à permanente insegurança em relação ao próprio emprego e ao recebimento dos salários. O documento destaca que toda essa precarização avançou ainda mais desde que, em 2017, aprovou-se a mal denominada “reforma” trabalhista.

“A terceirização é realizada em larga escala inclusive em diversas instituições do Estado, como as universidades que, contraditoriamente, têm se arrogado um papel de protagonistas na defesa da democracia e de direitos sociais. Nelas se somam casos como o da USP, onde milhares de trabalhadoras terceirizadas não podem sequer ir trabalhar usando o ônibus circular disponibilizado aos trabalhadores efetivos, professores e estudantes – uma situação de evidente segregação. Ou da Unicamp, onde uma trabalhadora terceirizada morreu trabalhando, e suas colegas que reagiram realizando uma greve contra a precarização do trabalho foram demitidas em massa.”, destaca o texto, que pede o fim da terceirização, a revogação da “reforma” trabalhista de 2017 e a garantia dos direitos dos atuais terceirizados.

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