Vamos pleitear novas reuniões técnica e de negociação na primeira quinzena de junho. É fundamental que haja mobilização nos dias de reuniões dos conselhos universitários e de debates da LDO na Alesp. Indicativo de greve e desdobramentos das atividades serão avaliados em nova rodada de assembleias
As entidades que compõem o Fórum das Seis reuniram-se em 29/5 para avaliar o resultado das assembleias de base realizadas até o dia anterior, que tinham como pauta a avaliação da negociação de 16/5 e o indicativo de greve como forma de fazer avançar a proposta apresentada pelos reitores.
A ampla maioria das assembleias de servidores/as docentes e técnico-administrativos/as das três universidades manifestou insatisfação com a proposta de 5% apresentada pelos reitores – que tentaram impor 3% inicialmente, mas avançaram pela pressão do ato público realizado do lado de fora e das argumentações apresentadas pelo Fórum – e com a constatação de que o cenário econômico permite ir além. Embora várias assembleias tenham aprovado o indicativo de greve, ficou clara a necessidade de envolver um maior número de servidores/as para concretizá-lo, além do final de semestre letivo ser um período desfavorável.
Após um extenso debate, a conclusão foi que é possível cobrar dos reitores a reabertura das negociações e pressionar pelo avanço nas propostas, mas para isso é imprescindível construir uma mobilização sólida. Diante deste consenso, as entidades indicam às categorias a manutenção do indicativo de greve com uma jornada de lutas em junho, com as seguintes atividades:
- Envio de ofício ao Cruesp solicitando o agendamento de uma reunião técnica em 13/6, para discussão do cenário de arrecadação do ICMS à luz dos números de maio/2024, que devem delinear com maior clareza o comportamento dos próximos meses e a projeção de arrecadação de 2024;
- No mesmo ofício, solicitar mesa de negociação com o Cruesp para 14/6;
- Nova reunião do Fórum das Seis em 14/6, para avaliação do retorno (ou não) dos reitores e definição de indicativos às categorias;
- De 17 a 21 de junho, nova rodada de assembleias de base;
- Mobilização nos dias de conselho universitário em cada universidade (Unicamp em 11/6, USP em 25/6 e Unesp em 26 e 27/6);
- Mobilização e possível paralisação durante audiência pública sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO/2025), na Alesp, em data a ser divulgada.
Além destas atividades, foram aprovadas as seguintes:
- Em cada universidade, as entidades representativas buscarão reuniões com os respectivos reitores, para cobrar a reabertura de negociações entre Fórum das Seis e Cruesp.
- Em cada universidade, as entidades intervirão nos colegiados locais e centrais, apresentando moções pela reabertura de negociações entre Fórum das Seis e Cruesp.
- Realização de um debate sobre a reforma tributária e o financiamento das universidades, com transmissão online. A atividade deve ocorrer no campus da Unesp de Bauru, em data a ser divulgada em breve.
Reposição, financiamento, democracia e permanência estudantil
Na agenda de lutas proposta pelo Fórum das Seis para junho, alguns pontos centrais da Pauta Unificada serão os eixos:
- É possível avançar na reposição de perdas: Ainda faltam 11,72% para voltarmos ao poder aquisitivo de maio/2012.
- Com a reforma tributária aprovada, é urgente que as universidades garantam financiamento adequado: queremos avançar neste debate com o Cruesp, apresentando o estudo preliminar realizado pelo GT Verbas, e garantir a mobilização necessária para as negociações no âmbito do governo estadual. De imediato, estamos em luta por nossas emendas na tramitação da LDO/2024 (clique para conferir).
- Unesp e Unicamp passarão por sucessão reitoral em breve: Queremos que as eleições sejam paritárias e que se encerrem no âmbito de cada universidade (pelo fim das listas tríplices!).
- Permanência estudantil: Queremos o debate coletivo com o Cruesp sobre políticas isonômicas para valores de bolsas e auxílios, acesso à moradia e outros.