A tortura, o sequestro e o assassinato sistemático de homens, mulheres e crianças foram políticas de estado durante a ditadura empresarial-militar instalada no Brasil em 31 de março de 1964, que colocou o país de joelhos para o grande capital nacional e internacional. Sob o signo do terror estatal, perseguiu dirigentes sindicais, reprimiu com extrema brutalidade o movimento estudantil, promoveu a matança e o sumiço de lideranças que se opunham a ela, inclusive muitos militares que lutaram de variadas formas contra o estado de exceção, pela preservação da liberdade e dos direitos políticos de todos/as os/as brasileiros/as.
Trata-se de uma página sangrenta e vergonhosa da nossa história recente, cujas viúvas têm feito o possível para reescrevê-la, apagando a mácula que paira sobre as instituições que deram sustentação ao terrorismo de estado que vigeu durante esse período trágico.
A Adunesp manifesta-se junto com outras entidades da sociedade civil organizada para que seja feita justiça às vítimas da ditadura empresarial-militar brasileira, para que a verdade prevaleça sobre as versões dos perpetradores de então e seus simpatizantes atuais, e que as instituições de estado, entre elas as Forças Armadas brasileiras, promovam a reparação dos crimes perpetrados contra o povo brasileiro naquela época, se reconciliem com ele, e se reencontrem com a sua missão constitucional.
Na conjuntura atual, em que o povo negro e pobre das periferias das grandes cidades brasileiras continua sob o peso da brutalidade estatal, e o governo central empurra centenas de milhares de pessoas à morte em meio à pandemia, ao mesmo tempo em que flerta com o autoritarismo e ameaça a frágil democracia brasileira, é essencial reafirmar e defender:
DITADURA NUNCA MAIS!
PELO DIREITO DAS NOVAS GERAÇÕES À VERDADE HISTÓRICA!
PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA, PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA!
31 de março de 2021
Diretoria da Associação dos Docentes da Unesp – Adunesp S. Sindical
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