Apoio às lutas dos marinheiros da USP e estudantes da Unicamp

Apoio às lutas dos marinheiros da USP e estudantes da Unicamp

Após apoiar as lutas dos/as trabalhadores/as das ETECs e FATECs, dos/as estudantes da USP, dos/as servidores/as técnico-administrativos/as da Unicamp e da Unesp, o Fórum das Seis divulgou moções de solidariedade a novos movimentos em curso nas universidades:

Marinheiros da USP

O Fórum manifesta apoio aos 35 marinheiros, funcionários do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, abruptamente informados de que seriam demitidos, após décadas de dedicação à Universidade. Eles trabalham nos dois navios do instituto, Alpha Crucis e Alpha Delphini, e estão envolvidos em relevantes pesquisas financiadas pela Fapesp, CNPq e outros entes públicos.

A ameaça das demissões teve início em maio deste ano e foi contida com a firme defesa dos trabalhadores pelo Sintusp, que desde então iniciou diálogo com a reitoria e colocou sua estrutura jurídica para ampará-los. No entanto, nas últimas semanas, os pedidos de reuniões e esclarecimentos feitos pela entidade deixaram de ser respondidos. Em 3/10/2023, os marinheiros foram informados de que deveriam permanecer em casa, já que uma empresa terceirizada assumiria as funções nos navios. Frente à informação, trabalhadores e diretores do Sintusp estão nos navios e se recusam a deixá-los sem que a reitoria apresente uma solução que contemple os direitos do segmento.

O anúncio das demissões aconteceu após a súbita decisão do reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr. de ressuscitar um processo administrativo iniciado 14 anos atrás (2009). Ocorre que os trabalhadores sempre receberam salários, FGTS e demais direitos diretamente da USP, que agora não quer mais reconhecê-los. Alguns estão na Universidade desde a década de 1980.

O Fórum apoia os marinheiros e insta a reitoria da USP a buscar uma solução que preserve os empregos e direitos dos trabalhadores.

Estudantes da Unicamp

Estudantes da graduação e da pós-graduação da Unicamp estão em greve respectivamente deflagrada em assembleias realizadas em 3 e 5 de outubro de 2023. No caso dos/as pós-graduandos/as, a paralisação está prevista até 16/10, quando haverá nova assembleia e a definição dos próximos passos.

Os dois segmentos apresentam pautas específicas e comuns, entre elas as relacionadas à permanência estudantil, envolvendo melhorias na alimentação, aumento e reajuste de bolsas, cotas para ingresso de pessoas trans e PCDs, entre outras.

Entre as reivindicações divulgadas pelo DCE da Unicamp, também estão a contratação de docentes, o apoio aos/às servidores/as técnico-administrativos/as em luta contra a implantação do ponto eletrônico, o repúdio à terceirização e às privatizações da Sabesp, Metrô e CPTM, anunciadas pelo governo Tarcísio de Freitas.

O Fórum apoia as reivindicações e insta a reitoria da Unicamp a estabelecer o diálogo democrático e a negociar efetivamente com as entidades estudantis.