Cruesp eleva índice para 2,2% e mostra que há espaço para melhorar proposta. Para a Unesp, repete-se o ZERO de 2016 e amplia-se a quebra da isonomia

A segunda negociação da data-base 2019, na manhã de 16/5, teve início com o informe, por parte da coordenação do Fórum das Seis, dos resultados das assembleias de base. 

O coordenador do Fórum, Wagner Romão, relatou a insatisfação de todas as assembleias realizadas, que consideraram insuficiente a proposta de reajuste de 1,8%, que não cobre sequer a metade da inflação dos últimos 12 meses. Ele destacou a reação aos dois comunicados do Cruesp nos dias que antecederam a negociação. O primeiro deles, em que os reitores reforçaram a importância da participação da comunidade no dia de mobilização nacional pela educação, o 15M, foi considerado produtivo e progressista. Já o segundo, em que o Cruesp anuncia que,“especificamente no caso da Unesp, como a prioridade é garantir o pagamento do 13º salário de 2019, a Universidade avaliará o melhor momento para aplicar o índice (de 1,8%), dependendo da evolução do ICMS”, foi considerado lamentável. A exemplo do que ocorreu em 2016, a Unesp joga a isonomia no lixo e impõe um rebaixamento salarial ainda maior aos seus servidores docentes e técnico-administrativos.

Ao final da reunião, o Cruesp anunciou que, extrapolando “o limite do limite possível”, estava apresentando uma nova proposta, nos seguintes termos:

  • Aumento do índice de 1,8% para 2,2%;
  • Agendamento de uma negociação para meados de outubro, caso a arrecadação do ICMS chegue ou ultrapasse a previsão da Secretaria da Fazenda, que é de R$ 108, 2 bilhões. Para se saber se isso irá acontecer, a arrecadação deverá chegar ao final de setembro em, pelo menos, R$ 80 bilhões.
  • Constituição de um grupo de trabalho entre as partes para propor política salarial para as três Universidades.

A princípio, Knobel anunciou que não haveria mais negociação e que levaria a proposta para aprovação em seu Conselho Universitário, o mesmo ocorrendo na USP. O Fórum das Seis insistiu na necessidade de um prazo para submeter o resultado da negociação às assembleias de base e de realização de nova negociação entre as partes. Após muito debate, a proposta foi aceita e a nova negociação ficou marcada para 27 de maio, segunda-feira, no período da tarde.

Atenção aos indicativos do Fórum

  • Assembleias de base até 24 de maio, para avaliar os resultados da segunda negociação e, também, a pertinência de apresentarmos uma contraproposta ao Cruesp na negociação de 27 de maio. Se sim, as assembleias devem indicar ao Fórum das Seis os parâmetros em que tal contraproposta deve ser feita.
  • Paralisação das atividades no dia 27 de maio – dia da terceira reunião de negociação – com atos em frente às reitorias e/ou às diretorias locais.

Confira a íntegra da cobertura da negociação e outras notícias no Boletim do Fórum:

  • 15M: Paramos o Brasil!
  • CPI das Universidades: Mais um capítulo

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