Manaus, a tragédia anunciada e a asfixia de um país

Manaus, a tragédia anunciada e a asfixia de um país

Sob o governo de Bolsonaro e com o apoio de seus colaboradores, o Brasil se transformou num enorme campo de extermínio de todos os seus bens preciosos. Entre eles, a própria vida dos brasileiros. Não faltaram alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS), institutos nacionais e internacionais de pesquisa, bem como de vários e renomados profissionais médicos e pesquisadores científicos.

Mesmo diante de todas, e irrefutáveis, evidências científicas recomendando medidas para a mitigação da expansão da pandemia do Covid-19, o governo federal deixou o país à deriva. Mais do que isso, o próprio presidente e seus seguidores mais próximos têm perpetrado uma verdadeira sabotagem a todas as medidas conhecidas e comprovadamente eficazes para deter a propagação do coronavírus.

A tragédia de Manaus foi anunciada por inúmeras fontes científicas confiáveis, mas, mesmo assim, aconteceu devido à incapacidade do governo de tomar qualquer atitude concreta para a defesa da vida dos brasileiros, o que também se explicita na manutenção do cronograma do ENEM, inclusive em regiões altamente críticas.  Trata-se, evidentemente, na melhor das hipóteses, de incompetência e irresponsabilidade estatal, que compromete a vida e a saúde do povo brasileiro.

A omissão e a incúria do governo federal têm, certamente a maior responsabilidade pelos mais de 200 mil mortos pela Covid-19 e pela escandalosa e até, há pouco, impensável, falta de oxigênio para o abastecimento de hospitais na região amazônica, além do descaso quanto à aquisição de vacinas, que nos expõe a um maior número de mortes, novamente em decorrência do pouco apreço que o estafe governamental tem para com a vida dos brasileiros e brasileiras.

O cenário, que já se descortinava desde o início da pandemia do Covid-19 até o presente, é de extermínio coletivo, de genocídio, com apoio inconteste do governo federal por suas ações e omissões. O martírio da população manauara tem potencial para se estender para muitas outras regiões do país se medidas urgentes – das quais esse governo já demonstrou ser cabalmente incapaz – não forem tomadas. Também nos causa profunda indignação que os Conselhos Regionais e o Conselho Federal de Medicina, o Supremo Tribunal Federal, a Câmara e o Senado Federais, além das Assembleias Legislativas dos estados e dos parlamentos municipais, não tenham até agora tomado iniciativas concretas no sentido de estancar o genocídio nesse gigantesco campo de extermínio em que o Brasil foi transformado.

A Adunesp considera imperioso que toda a sociedade civil se empenhe na tarefa indispensável de defender a vida e a saúde do povo brasileiro para deter esse processo de extermínio a que estamos submetidos nesse momento, tomando todas as providências cabíveis para preservar a vida de todos os brasileiros e brasileiras.

FORA BOLSONARO!

São Paulo,18 de janeiro de 2021.

Diretoria da Adunesp Central