Repúdio às pichações racistas na FMB: Ódio, intolerância e covardia!

Repúdio às pichações racistas na FMB: Ódio, intolerância e covardia!

O Sintunesp e a Adunesp se juntam a todos/as que manifestaram seu repúdio ao episódio de racismo ocorrido na Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Sob o manto do anonimato e da covardia, características habituais dos que destilam ódio e intolerância, pichações foram feitas num dos banheiros da Biblioteca do campus da FMB, em Rubião Júnior: “Enf curso de preto”.

Fazemos coro com a indignação de todas as pessoas que não compactuam com nenhum tipo de discriminação racial, social ou de gênero. A história recente do país compôs e estimulou um cenário de banalização da violência e da discriminação, induzindo fascistas enrustidos e racistas de todos os matizes a exporem com mais tranquilidade a sua estupidez e desumanidade.

Episódios como o ocorrido na FMB enxovalham os valores civilizatórios mais fundamentais e nos advertem que ainda não alcançamos patamares mínimos que garantam padrões aceitáveis de respeito à dignidade humana em nossa convivência social.

Ao mesmo tempo em que saudamos a enfática nota de repúdio divulgada pelas direções do campus, instamos para que todos os esforços sejam feitos no sentido de identificação dos agressores. Que as condutas criminosas sejam devidamente tipificadas e seus autores responsabilizados, e que a Universidade, diante do seu profundo compromisso histórico com a educação, avance em suas iniciativas educativas e formativas contra todas as formas de discriminação que ainda permeiam o cotidiano das relações em nosso país.

O apartheid brasileiro, entranhado nas estruturas das nossas relações sociais, precisa ser combatido em todas as suas manifestações. A luta antirracista é um imperativo humano, ético, moral e político de todos nós.

Seguiremos defendendo e lutando por uma universidade pública, gratuita, democrática, de qualidade e socialmente referenciada nos interesses da maioria da população. Uma universidade em que estudantes pobres, pretos, pardos e indígenas ocupem cada dia mais o lugar que é seu por direito.

Racistas, não passarão!