Sabesp, Metrô, CPTM: Participe do plebiscito contra as privatizações de Tarcísio

Sabesp, Metrô, CPTM: Participe do plebiscito contra as privatizações de Tarcísio

Centenas de representantes de entidades sindicais e populares encheram a quadra do Sindicato dos Bancários na noite de 5/9, em São Paulo, no lançamento de um plebiscito popular contra o plano de privatização que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende lançar em breve. O objetivo, segundo o governo, é entregar à iniciativa privada a Companhia de Saneamento Básico do Estado de SP (Sabesp), linhas do Metrô e da CPTM.

Os “estudos” do governador já consumiram milhões de reais e buscam apresentar justificativas para um verdadeiro crime contra a população que precisa dos serviços públicos. Com o plebiscito, que pretende reunir 1 milhão de votos até outubro, as entidades querem dialogar com a população, alertando para as consequências da privatização.

Com 28,4 milhões de clientes em 375 cidades paulistas, a Sabesp tem capital aberto, sendo o governo o principal acionista (50,3%). Em 2022, a companhia alcançou um lucro de R$ 3,12 bilhões, resultado 35,4% superior aos R$ 2,3 milhões registrados no ano anterior. “A empresa é bem administrada, com grande capacidade técnica e capaz de financiar suas obras com recursos próprios ou captando de instituições financeiras. Cabe ao governo do estado explicar os motivos que o levam a pensar numa privatização”, questiona o professor do Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP), Pedro Luiz Côrtes, em entrevista ao portal InfoMoney.

O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema) ressalta que, além de aumentar as tarifas e precarizar os serviços, a privatização colocará em risco a tarifa social que atende famílias em situação de vulnerabilidade em todo o estado, e também pode inviabilizar a política de subsídio cruzado, que permite financiar obras de saneamento em municípios mais pobres com os lucros obtidos nas cidades mais desenvolvidas.

Além do plebiscito popular, o movimento unitário dos trabalhadores articula uma greve geral das categorias para barrar o processo de privatização.

Como votar

O plebiscito estende-se até 5/10 e está sendo realizado através da coleta de votos, por meio de cédulas físicas. As urnas para recepção de votos estão distribuídas por várias áreas de São Paulo, na capital, regiões metropolitanas e interior do estado. No link a seguir você confere os locais:

https://contraprivatizacao.com/#pontosdevotacao 

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