Adunesp tem primeira reunião com nova reitora e pavimenta caminho para agenda permanente

Adunesp tem primeira reunião com nova reitora e pavimenta caminho para agenda permanente

A nova reitora da Unesp, professora Maysa Furlan, recebeu uma comitiva de diretores da Adunesp em 18/3/2025.

Ela estava acompanhada da chefe de gabinete, professora Adriana Marcantônio, e do assessor de gabinete, professor Marcelo dos Santos Pereira. Pela entidade sindical, estavam Antônio Luís de Andrade (presidente), Milton Vieira do Prado Jr. (tesoureiro) e João da Costa Chaves Jr. (secretário geral).

O objetivo do encontro foi dar início ao diálogo com a nova gestão, de modo a pavimentar as bases para uma interlocução permanente sobre temas importantes para a categoria docente e o conjunto da Universidade.

Reafirmando seu compromisso com uma prática democrática, a reitora se comprometeu a estabelecer canais de comunicação com a Adunesp, lembrando inclusive que data-base das categorias das três universidades se aproxima, período em que necessariamente haverá uma proximidade com as entidades sindicais. A propósito, foi acordada a construção uma agenda de reuniões que poderá se estender para o período pós campanha salarial, incluindo a discussão da pauta específica da categoria.

O presidente da Adunesp resgatou os fatos envolvendo a instalação da Comissão da Verdade na Unesp, em 2014, e, posteriormente, Comissão da Verdade da Adunesp. Comandada pela professora Ana Maria Martinez Correia (histórica criadora do Centro de Memória e Documentação – CEDEM da Unesp), contando com membros da Adunesp e das várias unidades, a Comissão apresentou um extenso relatório, com indicações de ações para a preservação da memória, reparação e justiça, para todas as pessoas que sofreram perseguição em nossa Universidade durante o período da ditadura empresarial-militar brasileira (1964-1985) e, depois disso, em função dos seus desdobramentos. Os diretores do Sindicato relataram algumas propostas da Adunesp que implicam em mudanças no Estatuto da Unesp, como por exemplo a alteração do nome da Universidade, a necessidade de rediscussão de itens autoritários relacionados à punição de estudantes – que remetem ao decreto 477 - e a reivindicação de que a Comissão Permanente de Avaliação (CPA) seja uma comissão assessora do CEPE, e não ligada diretamente à reitoria, como atualmente.

A Reforma tributária e a garantia de financiamento adequado às universidades, com o advento da reforma tributária, foram itens tratados e que fazem parte das preocupações do Cruesp e do Fórum das Seis, cujas propostas são muito semelhantes (ambas propõem a substituição dos 9,57% da quota-parte do estado no ICMS por um percentual das receitas tributárias líquidas), e há consenso de que é fundamental o estabelecimento de um diálogo com o governo e com a Assembleia Legislativa sobre o tema.

A Adunesp também reiterou a reivindicação da extensão do vale-alimentação aos docentes que atuam no Programa Professor Sênior, instituído pela Resolução Unesp 15/2022, bem como da ampliação do espaço físico que ocupa atualmente no prédio da Praça da Sé, ambas as demandas acolhidas com o compromisso de uma resposta assim que a nova administração dispuser dos subsídios necessários para a tomada das decisões pertinentes.

Na pauta específica, há outros itens relevantes, que a Adunesp quer debater com a reitoria logo após a data-base. É o caso da criação do vale-refeição, isonomia de benefícios com as universidades coirmãs, fortalecimento da graduação, restituição dos tempos congelados na pandemia, entre outros.

Finalmente, considerando que, em 2026, Unesp e Adunesp completam 50 anos, os diretores da Adunesp propuseram que as atividades oficiais abrissem espaço para a participação das entidades sindicais e estudantis da Universidade, o que foi bem recebido pela gestão reitoral.

Assim, tendo tratado de diversos assuntos relevantes para a comunidade, encerrou-se a primeira reunião com a nova administração num clima de respeitoso diálogo e de compromisso com a universidade pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada, com a sua autonomia, sustentabilidade e consolidação da Unesp como precioso patrimônio do povo paulista e brasileiro.