CCG de agosto discutiu Vestibular 2022. Membros do Chapão incluíram debate sobre condições estruturais e de recursos humanos para melhoria das condições dos cursos

CCG de agosto discutiu Vestibular 2022. Membros do Chapão incluíram debate sobre condições estruturais e de recursos humanos para melhoria das condições dos cursos

Confira relato a seguir, elaborado pelos representantes do Chapão da Adunesp na Câmara Central de Graduação (CCG). Se preferir o relato em PDF, clique aqui.

Clique para acessar, também, a pauta da sessão.

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Relato da reunião da Câmara Central de Graduação (CCG) de 5/08/2021 

Prezados colegas,

Como representantes eleitos pelo “Chapão da Adunesp” à CCG, apresentamos abaixo nosso relato coletivo da reunião ordinária, ocorrida em 05/08//2021. 

I – Aprovação da Ata

Foram aprovadas, sem ressalvas, as atas da sessão ordinária, de 06/07/2021, e da reunião conjunta CCG/CCEC, de 27/07/2021. 

II – Comunicações da Presidência

Abaixo seguem as principais comunicações feita pela Presidenta, Profa. Dra. Célia Maria Giacheti.

1. Manifestação de solidariedade às perdas pela Covid-19 de membros da comunidade da Unesp (docentes, discentes e técnicos-administrativos), destacando que tem conversado com os diretores das Unidades para apoio às famílias das vítimas da Unesp. 2. Agradecimento à equipe da Prograd que trabalhou em muitas demandas em suas ausências e também à Profa. Silvia Helena. 3. Informação sobre o Edital de inclusão digital destinado a alunos ingressantes em vulnerabilidade socioeconômica: o prazo de inscrição se encerra neste mês e já há 102 alunos inscritos. 4. Aprovação da emenda parlamentar destinada à educação superior, para viabilizar recursos na ordem de 5 milhões para os câmpus de Tupã, Guaratinguetá, Sorocaba e Bauru. 5. Ofício Circular Prograd 16/2021, informando sobre o ENADE 2021 para concluintes de cursos de diversas áreas. O exame será realizado em novembro/2021, para alunos com previsão de conclusão até julho/2022. São 76 cursos da Unesp das diferentes áreas cujos alunos deverão se submeter ao ENADE.  6. Ofício Circular Prograd 17/2021, comunicando inscrições para eleição de membros para Comissão Permanente de Avaliação de Cursos de Licenciaturas.  7. Ofício Circular Prograd 18/2021, com orientações às Unidades sobre entrega de equipamentos aos alunos contemplados pelo Edital de Inclusão Digital anterior. 8. Confirmação da realização do V Congresso Nacional de Formação de Professores, adiado de 2020 para 2021, que acontecerá de 24 a 26/11, em formato on-line, com apoio da Prograd.  9. Participação de reunião da Comissão de reestruturação dos Cursos de Engenharia, para definição dos próximos passos da reestruturação curricular para curricularização da extensão e atendimento às DCN das Engenharias.  10. Lançado oficialmente o calendário de inscrição do Vestibular Unesp 2022 e finalização do trabalho de revisão do Manual do Candidato 2022.  11. Ações da Prograd vêm sendo publicadas também nas redes sociais da Unesp (edital de inclusão digital, vestibular Unesp 2022, dentre outros).  12. Encerramento, em 5/8, do atendimento ao convite para gravações de vídeos para o Guia de Profissões da Unesp.  13. Participação da Prograd em lives do Censo de Educação Superior. 14. Comunicação do lançamento do Edital do Programa de Excelência de Graduação visando ao oferecimento de disciplinas interunidades. Há 500 mil reais previstos para gastos com o edital.  15. Informações sobre o vestibular para os Cursos de Pedagogia à Distância: 1.111 inscrições para as 800 vagas oferecidas, com presença de 585 candidatos às provas. A primeira chamada para as matrículas ocorreu em 4/8/2021. O custo de cada aluno é de 521 reais. 16. Decreto do Governador, para retorno às aulas presenciais, no mês de agosto, e Deliberação do CEE para ampliação da retomada das aulas e reorganização do calendário. A Deliberação, a ser divulgada às Unidades, prevê, entre outras medidas: aulas presenciais com presença de até 60% dos alunos matriculados, devendo-se observar distanciamento de 1m e protocolos sanitários, realizar monitoramento de riscos de propagação do vírus, considerar não obrigatória a presença dos alunos, compensando, em tais casos, com atividades remotas. Há a possibilidade de atividades teóricas e práticas contarem com até 100% de alunos presentes para cursos da área de saúde, também observando-se protocolos sanitários.  17. Reunião com o Gabinete do reitor, para discussões preliminares da retomada gradual das atividades de ensino, com proposta inicial de retomada das aulas no início de outubro de 2021. O assunto será mais bem discutido ainda.

III – Comunicações dos Conselheiros 

  1. Ana Cláudia (FCAVJ): mediante a documentação que acompanha o assunto único da pauta e, mais especificamente, no que se refere à demanda de suspensão ou diminuição de vagas para o vestibular em determinados cursos de diferentes unidades, propôs a inclusão de item na pauta desta reunião para discussão de diagnóstico mais amplo sobre as condições dos cursos e, principalmente, sobre ações emergenciais para minimizar as dificuldades presentes e futuras, com a retomada das aulas e ingresso dos alunos do vestibular 2022.
  1. Silvana Lopes (Ibilce): na qualidade de representante dos Coordenadores de Curso de Graduação da área de Humanas, reiterou a solicitação apresentada pela Conselheira Ana Cláudia e destacou que o papel da Pró-reitoria de Graduação é coordenar, em articulação com as unidades e com a administração central, a formulação e a implementação de políticas para o ensino de graduação. Nesse sentido, a comunidade não tem conseguido identificar uma política de graduação da Pró-reitoria, pelo menos não uma política clara, porque falta um projeto de política institucional de graduação. Até o momento, só é possível identificar ações pulverizadas, em forma de editais, sem que fique claro sequer qual o diagnóstico que embasou a própria existência deles. Essa crítica vale para editais publicados tanto pela Prograd quanto pela Propg. O cerne da questão aqui são os editais que impactam de alguma maneira nos cursos de graduação. Exemplos disso são o Edital 10 - Orientadores Acadêmicos Pós-graduandos na Graduação (ao qual já se referiu em outra reunião da CCG); o Edital 8 – Programa de Excelência da Graduação: disciplinas interunidades; e o Edital 14 - Prêmio Destaques no Programa de Aperfeiçoamento e Apoio à Docência no Ensino Superior (PAADES). Destacou esse último edital, lendo a Deliberação da CPE do Ibilce: “A CPE contesta o referido Edital, considerando os seguintes aspectos: 1) O Edital não esclarece quais serão os critérios efetivos para avaliação de mérito das propostas pela comissão indicada pela PROPG. 2) O Edital incentiva uma concorrência entre os alunos e as áreas a nosso ver equivocada e imprópria. 3) Os recursos aplicados neste Edital poderiam ser investidos em projetos que pudessem, de fato, contribuir para uma melhoria das condições de trabalho docente e que não legitimassem a precarização do ensino de graduação, já tão comprometido pela enorme quantidade de disciplinas sob responsabilidade de professores emergenciais.” Por último, informou que a Profa. Alessandra (do IEP3), a Profa. Silvia e ela fizeram um estudo sobre o processo de curricularização da extensão e verificaram que, para a esmagadora maioria dos cursos da Unesp, é possível formalizar o processo por meio da “Alteração Curricular”, conforme prevê o Manual de Graduação da Unesp. O entendimento é de que só se trata de reestruturação quando o curso visa atender novas Diretrizes Curriculares Nacionais, e também de que é fundamental que a Pró-reitoria oriente os coordenadores nesse sentido, independentemente de template ou não (que aliás, ainda não vimos).
  1. Silvia Helena (CERe): a) corroborou as manifestações das Profas. Ana Cláudia e Silvana reforçando que, como membro do Grupo de Trabalho da Avaliação dos Impactos da Pandemia proposto pelo CEPE, não considera que “atropelaria” o trabalho do grupo, a proposta de discussão do assunto proposto para ser incluído em pauta; acrescentou que no dia 04/08 houve reunião desse Grupo de Trabalho e que serão solicitadas mais informações para facilitar o trabalho do Grupo, a exemplo dos relatórios que as outras Pró-reitorias já enviaram; b) sobre a curricularização da extensão, entende que facilitaria o processo, tanto para as coordenações de curso quanto para a avaliação dos processos, se a implementação for realizada por meio de alteração curricular; enxerga que o template poderá ajudar os cursos em relação aos itens a serem encaminhados, mas não na orientação do que e como fazer; pediu o auxílio da Prograd para o encaminhamento dessa orientação; c) em relação aos vários Editais, em específico ao Edital Prograd 08/2021, verifica que seus objetivos não vão ao encontro dos problemas vivenciados atualmente pelos cursos de graduação, para manter a qualidade do ensino, e que esse edital constitui uma ação pontual e desconectada de uma política de ação dessa Reitoria; serão contemplados, no edital, somente 25 projetos, o que demonstra a pontualidade da ação, e, talvez, coubesse aplicar esse recurso diretamente nos cursos; por exemplo, diante da existência de problemas de evasão e retenção nas disciplinas de Cálculo de diferentes cursos, o Edital poderá atender pontualmente pouquíssimas  disciplinas, o que não se resolverá o problema geral posto. Questionou: não seria mais produtivo se houvesse um projeto de ação que envolvesse todas as disciplinas? d) sobre sua atuação na CCD, informou que estão acontecendo reuniões da Comissão com cada Unidade da Unesp, para debates de assuntos tratados por essa comissão e que seria importante que a comunidade participasse contribuindo principalmente com a proposição de critérios de contratação docente a serem estabelecidos pelo CEPE.
  1. Rubens Alves Dias (FEG): endossou a pertinência do pedido de inclusão da Professora Ana Cláudia Giannini Borges, mediante as dificuldades vivenciadas pelas unidades no tocante à redução ou cancelamento de vagas no Vestibular em 2022. Este assunto é recorrente no Campus de Guaratinguetá desde a ocasião da suspensão das contratações em 2014, e os problemas têm sido agravados pela pandemia da Covid-19, que impacta diretamente a operacionalidade dos cursos e, consequentemente, a saúde das pessoas envolvidas, como, por exemplo, nos relatos de casos de “burnout”; o tema não se torna explícito mediante o cumprimento do Projeto Político Pedagógico dos cursos e a obrigação da Universidade no cumprimento de seu papel social. Não se pode seguir trabalhando “como se nada estivesse acontecendo”. No que se refere ao retorno para a modalidade presencial de ensino, informou que, em Guaratinguetá, 64% da população está vacinada com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 24% com segunda dose ou dose única (https://sites.google.com/unesp.br/monitorcovidunespguaratingueta/p%C3%A1gina-inicial); no Campus de Guaratinguetá existem em torno de 1800 alunos de graduação, e, mediante questionário “on-line” buscando identificar os discentes vacinados, houve 928 respondentes, dos quais 280 informaram que já tomaram a primeira dose e 13 estão com esquema vacinal completo. Diante do exposto, considerando temerária a condução do poder público estadual quanto à atual fase de flexibilização na condução das ações de controle da pandemia e os diversos problemas relacionados nos campi dentro do contexto apresentado, recomenda que os objetos destas reflexões sejam pautados de forma permanente na CCG, visando a atualizações/providências/acompanhamento. Portanto, é este o momento de desencadear formalmente o processo de estabelecimento da construção de estratégias para os cursos de graduação da Unesp, objetivando a realização de diagnósticos e soluções de curto prazo para resolver os problemas estruturais.
  1. Sebastião Carlos (Ibilce): a) reforçou a necessidade de inclusão em pauta da realização de diagnóstico e de ações emergenciais concretas para os cursos de graduação, porque entende que não será o Grupo de Trabalho do CEPE que terá condições de propor ações para resolver problemas de contratação emergencial, falta de espaço e de equipamentos, duplicação de turmas para atender as consequências da pandemia, dentre outros apontados pelos Cursos em suas propostas de redução/suspensão de vagas. Além disso, o trabalho do Grupo do CEPE não exime esta Câmara de discutir esses temas, até como forma de responder às demandas da Unesp; b) sobre os editais, disse que as ações previstas não estão, de fato, integradas a uma política de graduação, porque são ações muito pontuais discutidas no staff da Reitoria, mas que têm passado ao largo da CCG e nos impedido de pensar ações de longo prazo para melhoria dos cursos de graduação. A questão é: essas ações serão perenes? Como podem ser incluídas em uma política de graduação? Os editais não podem ser tentativas de acertos, dada as demandas que eles exigem das Unidades e os recursos que estão previstos em cada um deles. Diante da escassez de recursos, prioridades precisariam ser mais bem discutidas por esta Câmara. Por último, disse entender as prerrogativas das Pró-reitorias para a definição dessas ações, mas a CCG tem estado ausente das discussões e, nesse sentido, enfatizou dois pontos: (i) política de graduação não pode se dar somente por meio de editais pontuais; (ii) a sempre disposição dos conselheiros, como representantes docentes, em contribuir com as ações da Prograd para melhoria dos cursos de graduação.

Em resposta às manifestações dos conselheiros, a Presidenta teceu as seguintes considerações: a) não tem dúvida de que a Prograd precisa discutir ações pontuais para os cursos de graduação, mas a Unesp ainda não tem posição fechada sobre o retorno às aulas, diante da situação complexa; b) em relação ao diagnóstico das Unidades, a Prograd já enviou à Comissão do CEPE todos os resultados disponíveis e está aguardando resposta desse diagnóstico; c) lamenta que não seja possível informar todas as demandas diárias que chegam das Unidades até a Prograd; d) o template para a curricularização da extensão já foi finalizado e será enviado à CAACG para avaliação antes de envio aos Coordenadores de Curso; e) os editais que vêm sendo propostos são resultado de muita discussão na Reitoria, e sugestões de novos editais são bem-vindas; todos os editais decorreram de diagnósticos feitos e a urgência de alguns se deve à necessidade de aplicação imediata de recursos disponíveis para gastos com a graduação; reconhece que eles têm “senões”, e que não deve haver nenhum receio à formulação de críticas a eles; as dificuldades deles decorrentes serão consideradas; concorda que realmente as necessidades pontuais dos cursos não serão atendidas por meio de editais; o tempo em que está atuando na Prograd pode parecer extenso, mas ainda não foi suficiente para construir uma política de graduação; f) disse que está satisfeita com o modo como vem sendo conduzida a curricularização da extensão em parceria com a PROEX; g) reconhece também os sérios problemas de saúde por que vêm passando os docentes da Unesp, agravados no período da pandemia, e lembrou da contratação de pessoal da área de saúde para todas as Unidades; manifestou solidariedade com os problemas relatados pela Profa. Cláudia Prioste; h) não é contra a inclusão em pauta do assunto proposto pela Profa. Ana Cláudia; ele não foi incluído por falta de informações mais completas; solicitou, então, que seja pautado na próxima reunião da CCG, diante da falta de mais informações no momento.  

  1. Sebastião Carlos (Ibilce): agradeceu, em nome dos conselheiros que se manifestaram, a disposição de acolhimento da proposta de inclusão do assunto em pauta, mas sugeriu que uma discussão preliminar do assunto seja pautada já nesta reunião, até como forma de levantar os temas a serem pautados na próxima reunião.

Foi proposta e aprovada por unanimidade a inclusão como item 2 da pauta: ”Discussão preliminar de diagnóstico de problemas dos cursos de graduação e busca de solução de curto prazo para resolvê-los”.

Item 1 – Vestibular 2022 – Minuta das normas de resolução para o Vestibular 2022.

A minuta veio acompanhada, com seus anexos, de instrução técnica da Assessoria da Prograd e de Parecer da AJ sobre a proposta de redução de vagas, com alerta para o cumprimento do papel social da Universidade. O parecer do relator foi lido na íntegra e aprovado sem prejuízo de destaques. As seções destacadas do parecer seguem relatadas abaixo. 

Seção 1.1. Sobre as vagas para o Vestibular Unesp 2022: número e sistema de inscrição 

INDICAÇÕES DO RELATOR: a) de NÃO APROVAÇÃO das propostas de suspensão/redução de vagas dos Cursos de Odontologia (Integral e Noturno) da FO/Araçatuba, de Farmácia (Noturno) da FCF/Araraquara, de Odontologia (Integral) da FO/Araraquara, e de Jornalismo, da FAAC/Bauru, mantendo-se, para 2022, o mesmo número de vagas oferecido por esses cursos no Vestibular de 2021;  b) de APROVAÇÃO das 7720 vagas, seguindo-se a distribuição de vagas por áreas do conhecimento e por cursos constante no Anexo I, dentre as quais se incluem as 90 vagas do Curso de Geografia do CE/Ourinhos que deixaram de ser oferecidas no Vestibular 2021; c) de APROVAÇÃO da distribuição das vagas por Sistema de Inscrição, como também consta no Anexo I, a saber: 49,99% (3859/7720) das vagas para ingresso pelo Sistema Universal  e 50,01% (3861/7720) para o Sistema de Reserva de Vagas, das quais  32,51% (2510/7720) destinam-se a candidatos egressos da Escola Básica Pública e 17,5% (1351/7720) a candidatos autodeclarados PPI.  Deliberação: o tema foi aprovado por unanimidade. 

Acerca desse tema, os seguintes conselheiros se manifestaram: 

Sebastião Carlos (Ibilce): do parecer que emitiu, esclareceu dois pontos: i) não foi insensível às justificativas apresentadas pelas Unidades para a redução/suspensão de vagas e que, embora as considere legítimas, os demais cursos da Unesp padecem dos mesmos problemas; baseou-se, para emissão de seu parecer, nos aspectos legais e na documentação que acompanhou o processo; ii) conforme sugeriu na conclusão de seu parecer, o estabelecimento anual do número de vagas pela CCG, ouvidas as Unidades, demanda, antes, uma ação antecipada e planejada por parte da Prograd, para que as normas da Unesp (necessidade de alteração/reestruturação) não sejam impedimento para a alteração do número de vagas proposta pelos cursos, evitando-se assim que esse tema surja somente às vésperas de se estabelecerem as normas para o vestibular e, ao mesmo tempo, tentando-se se adequar a realidade da Unesp às reais condições de funcionamento de seus cursos, em favor da preservação da qualidade de ensino.  

Silvana Lopes (Ibilce): agradeceu o parecer cuidadoso e detalhado do Prof. Sebastião Carlos. Disse que esse parecer auxiliou muito na análise e discussão da CCG e exemplifica o trabalho sério que os representantes do Chapão da Adunesp têm desenvolvido nos colegiados. Entende que a negação da solicitação de alguns cursos de suspensão/redução de vagas não representa uma insensibilidade dos membros da CCG sobre a situação desses cursos em específico. Pelo contrário, revela a sensibilidade com todos os cursos da Unesp que estão passando por muitas dificuldades. Reiterou que são necessários uma avaliação e um auxílio mais direto por parte da Prograd e da CCG para os cursos de graduação da Unesp.

Aila Rocha (FCL/Mar): destacou, como representante de saúde, a necessidade de aproximação e de suporte a todos os cursos da área da saúde que já retomaram parte de suas atividades de forma presencial, e urgência em dialogar com os cursos que solicitaram diminuição ou não oferecimento de vagas do vestibular para 2022, a fim de direcionar ações voltadas às suas necessidades especificas.

Cláudia Prioste (FCL/Ar): justificou seu pedido de destaque para esta seção do parecer, com base na argumentação que se segue. Ponderou que a votação da minuta nos coloca em uma situação delicada quanto ao tema da redução de vagas. Disse se sentir desconfortável de contrariar as decisões das Unidades de reduzir as vagas em seus cursos, principalmente porque considera que as condições de trabalho dos professores pioraram nos últimos tempos, muitos adoecendo por bournout. Na documentação apresentada, a manutenção das vagas se pauta na Constituição e no estatuto da Unesp, que preconizam o dever da Universidade Pública de ofertar ensino de qualidade, porém na mesma Constituição também se preconiza a garantia da dignidade humana, e dever da Universidade assegurar condições dignas de trabalho. Considera válidas e pertinentes as justificativas das unidades. Sobre o parecer do relator, concordou que estivesse muito bem elaborado e detalhado, contudo, discordou da afirmação de que as justificativas dos cursos estivessem poucos convincentes e de que os problemas alegados afetassem a todos os cursos da mesma maneira. Afirmou que, embora a pandemia estivesse afetando todos os cursos, seria necessário compreender as particularidades de cada curso e as reais condições de trabalhos dos docentes. Ponderou que não podemos negligenciar a sobrecarga de trabalho. Se a Unesp é caracterizada por sua diversidade, então é preciso levar em conta as especificidades dos cursos e das atividades docente, porque há docentes que dedicam 4 horas de trabalhos semanais à graduação, outros que dedicam 8, 12, 16  horas. Há muito desequilíbrio nas atividades docentes. Por fim, questionou se o parecer seria votado na íntegra ou em partes, reforçou seu incômodo em votar contra a decisão das Unidades e propôs que fosse especificado, no parecer, o compromisso da instituição em criar um plano emergencial para esses cursos e em oferecer condições estruturais e de recursos humanos para garantir a qualidade e a segurança de todos. Em resposta a essa proposta, a Pró-reitora afirmou que já estaria tomando as providências para garantir melhores condições, e a discussão sobre os temas dos impactos da Covid seria iniciada ainda na reunião de hoje, a que o Secretário Geral acrescentou que a Pró-reitora não pode dar as garantias sugeridas na proposta, porém pode afirmar que envidará esforços para melhorar as condições dos cursos.

Carlos Razzino (Bauru): após ouvir os diversos argumentos e o encaminhamento sugerido pelo relator, manifestou-se pelo chat de acordo com o parecer e encaminhamento do relator. 

Seção 2.2. Aproveitamento de nota do ENEM e especificação de provas e datas de realização do Vestibular

  1. aproveitamento de nota do ENEM: o relator remeteu o tema à discussão em plenária, por falta de informações técnicas mais precisas. Ao final da discussão, propôs que fosse incluída na Minuta de resolução que tanto o aproveitamento de nota do ENEM quanto o aproveitamento de candidatos aprovados no ENEM (este previsto em edital próprio) serão considerados, desde que o calendário do resultado do ENEM seja compatível com as chamadas do Vestibular 2022 Unesp. Deliberação: Aprovado por unanimidade.
  2. Profa. Sílvia Helena (CE/Registro): propôs a alteração do artigo 13 da Minuta, para inclusão da especificação das provas do vestibular por área do conhecimento e dos dias destinados à sua realização. Deliberação: Aprovado por unanimidade.

Temas aprovados do parecer do relator e que não foram destacados:

  1. Períodos de oferecimento dos Cursos de Graduação: a) APROVAÇÃO, sem restrições, da alteração do período de oferecimento do curso de Letras da FCL/Araraquara, de integral para matutino, por já ter constado essa previsão em sua última reestruturação curricular, devidamente aprovada e atualmente em fase publicação; b) de APROVAÇÃO da alteração do período de oferecimento do Curso de Ciências Sociais da FCL/Araraquara, de integral para matutino, condicionada à aprovação em última instância do processo de reestruturação do curso, antes da publicação da documentação com as normas do Vestibular 2022; c) de NÃO APROVAÇÃO da alteração do período de oferecimento dos cursos de: (i) Pedagogia da FCL/Araraquara, de Integral para Vespertino, e (ii) Design da FAAC/Bauru, de Integral para Diurno, mantendo-se seus períodos atuais de oferecimento, em face da falta de justificativa, de amparo em processos de reestruturação/alteração curricular e de não existir mais a nomenclatura “período Diurno” nas normas da Unesp.
  2. Informações dos prazos de integralização curricular dos Cursos de Graduação.
  3. Programa e normas para realização de provas de habilidades específicas.

Item 2 (incluído) - Discussão preliminar de diagnóstico de problemas dos cursos de graduação e busca de solução de curto prazo para resolvê-los.

Vários membros apresentaram suas contribuições para levantamento de pontos sobre as condições de funcionamento dos cursos a serem pautados na próxima reunião da CCG e que requerem soluções emergencial.

Ana Cláudia (FCAVJ): apontou a necessidade de se priorizar as tomadas de ação para a graduação: a) ações imediatas para as disciplinas que estão em andamento, inclusive as que estão ocorrendo de forma presencial; b) ações para a retomada das atividades presenciais, conforme indicativo do CEE 201 de julho de 2021; c) ações para a recepção dos novos ingressantes em 2022.

Sebastião Carlos (Ibilce): disse entender que, no momento, devem ser priorizadas as necessidades PONTUAIS E IMEDIATAS dos cursos causadas pelas consequências da pandemia, e apontou as seguintes, dentre as já mencionadas nas deliberações dos cursos que solicitaram alteração do número de vagas para o vestibular 2022: a) adequação de infraestrutura de espaço físico e de equipamentos para aulas; b) contratação emergencial de docentes para minimizar a sobrecarga docente; c) fornecimento de EPI. Destacou também que, nesse momento, devem ser levantadas junto às unidades: a) as formas de apoio à saúde de docentes, técnicos-administrativos e alunos, para além da atuação de profissionais já contratados para essa finalidade; b) outras necessidades emergenciais existem para a retomada das aulas presenciais. Entende que, diante desses diagnósticos, ações emergenciais poderão ser objetivamente propostas e que, para não diluir as ações emergenciais necessárias no momento, o levantamento de outras necessidades de resolução de MÉDIO e longo PRAZO poderá ser feito pela Prograd proximamente.

Aila Rocha (FCL/Mar): apontou a necessidade de ampliar as discussões dos seguintes pontos: a) garantia de EPIs para todas as atividades práticas que necessitem do contato direto entre os próprios alunos para o aprendizado de técnicas especificas ou atividades simuladas e também para o contato direto entre os alunos seus pacientes; b) identificação da necessidade de adequações estruturais para a realização de atividades presenciais de forma segura; c) revisão do quadro de recursos humanos da universidade, visto a defasagem já existente e a necessidade dos professores subdividir as turmas para as atividades presencias, o que amplia consideravelmente o número de horas aulas ministradas por eles; d) levantamento de estratégias para o desenvolvimento de atividades práticas durante o período de distanciamento social, visto que estão sendo identificadas dificuldades dos estudantes no deslocamento de sua cidade de origem e permanência esporádica na cidade no qual cursa a graduação; e) atenção especial aos concursos de professores substitutos pois muitas unidades vêm tendo dificuldades no preenchimento das vagas pela ausência de inscritos e demora  na tramitação dos concursos, o que atrasa e dificulta o andamento das atividades no período letivo.

Rubens (FEG): considera que, para além de problemas causados pela pandemia, deve se estender aos campi espaço para coleta de relatos das necessidades vinculadas à saúde do trabalhador, decorrentes do processo de precarização do trabalho desde 2014, de modo a dar visibilidade ao sofrimento que não está sendo explicitado nas unidades.

Sílvia Helena (CER): reforçou a necessidade de disponibilização emergencial de equipamentos para docentes utilizarem em suas aulas remotas e destacou mais uma vez a necessidade de discussão de uma política de formação continuada dos docentes, principalmente de oficinas aos Coordenadores de Curso, o que iria contribuir e facilitar também o processo de curricularização da extensão.

Cláudia Prioste (FCL/Ar): a) relatou os problemas decorrentes da falta de normatização de alguns tópicos, por exemplo, o da obrigatoriedade de gravação das aulas; as estratégias de compensação das aulas para os alunos que não estão presentes, triplicando ou quadruplicando as atividades dos professores; as dificuldades de os alunos entenderem que não estamos em um curso EAD; as disparidades de carga horária dos docentes; b) sugeriu, como tópicos a serem discutidos, os seguintes: i) obrigatoriedade de gravação das aulas gerando problemas e sobrecarga aos docentes; ii) o problema da obrigatoriedade de presença dos alunos nas aulas síncronas e posteriormente no retorno às aulas presenciais, o que irá aumentar a sobrecarga dos professores porque ficarão a cargo deles as estratégias a serem adotadas; iii) identificação das disparidades de sobrecarga dos docentes; iv) identificação das condições de trabalho dos docentes por meio de um formulário; v) problemas de estágios nas licenciatura.