Crise de financiamento: Segunda reunião entre sindicatos e reitoria estabelece criação de conta específica para 13º e férias, mas não avança na antecipação da segunda parcela

Durou quase 3 horas a segunda reunião entre representantes da Adunesp e do Sintunesp com membros da reitoria da Unesp na manhã de 21/3/2019, quinta-feira. O objetivo principal foi dar continuidade à reunião de 21/2,em que havia sido discutida a situação do 13º salário dos estatutários, e colocar mais algumas questões de interesse da comunidade unespiana. Pela Adunesp, participou João da Costa Chaves Júnior. Pelo Sintunesp, Alberto de Souza, Claudio Roberto Ferreira Martinse Ademir Machado dos Santos; Valdomiro Rodrigues de Souza e Djalma Bovolenta como representantes técnico-administrativos na Comissão de Orçamento. Pela reitoria: o pró-reitor de Planejamento Estratégico e Gestão Leonardo Theodoro Büll, os membros da assessoria técnica da reitoria José Roberto Ruggiero (este último por Skype) e Rogério Buccelli, os assessores da Edson A. Capello Sousa e MaurizioBabini, além dos demais membrosda Comissão de Orçamento (Júlio César Torres, Cássio Roberto Macedo Maia, José Roberto Ernandes eRossano Cesar Bonatto, este último à distância).

Como foi a reunião 
A reunião teve como ponto de partida alguns itens que haviam sido prometidos para hoje: um detalhamento exposto por Buccelli sobre “restos a pagar, processados e não processados” e sobre o fechamento dos valores de repasse de ICMS à Unesp em 2018, informações importantes para a discussão do pagamento imediato do 13º salário dos servidores estatutários.

Respondendo aos representantes dos sindicatos, o professor Büll informou que, hoje, a Unesp tem 11,33 folhas orçadas em 2019. A resposta deu ensejo a outro questionamento, ainda relativo ao 13º salário de 2018. Os diretores sindicais lembraram que, ainda na reunião do CO janeiro, portanto antes que se vislumbrasse o adiantamento dos R$ 130 milhões feitos pelo governo, o reitor Sandro Valentini havia ditoque poderia pagar o 13º dos autárquicos em 3 parcelas, ou seja, no valor de R$ 43,33 milhões cada. Assim, somando esse valor à primeira metade do adiantamento (R$ 65 milhões), haveriaum total disponível de R$ 108,33 milhões para pagar a primeira parcela do 13º salário dos autárquicos em fevereiro. Em resposta, Buccelli não negou os números, mas disse que a reitoria optou por guardar os R$ 43,33 milhões para pagamento da devolução do adiantamento ao governo (foram negociadas 7 parcelas de R$ 18.571.428,57, a partir de junho). Ou seja, a prioridade da reitoria não foi a redução do enorme prejuízo causado aos servidores autárquicos,que não receberam o seu 13º salário na data correta.

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