Data-base 2019: Fórum insiste na reabertura das negociações

Data-base 2019: Fórum insiste na reabertura das negociações

O Cruesp ainda não atendeu à solicitação do Fórum das Seis, de reabertura das negociações sobre a data-base. Além de discutir as questões salariais, o objetivo é debater os demais pontos da Pauta Unificada 2019, que abordam questões muito relevantes, como a permanência estudantil, as condições de trabalho e a previdência. A alegação dos reitores, de que a negociação pré-agendada para outubro torna desnecessária nova mesa agora, não é aceitável.

O Fórum também cobra a imediata instalação dos dois grupos de trabalho (GT) acordados em maio, para estabelecer uma política salarial para as três Universidades nos próximos anos e para acompanhar a proposta de Reforma da Previdência.

Quebra da isonomia

Desde maio/2015, servidores docentes e técnico-administrativos da Unesp deixaram de receber o correspondente a cinco salários brutos. Na USP e na Unicamp, a perda é de aproximadamente quatro salários brutos. Esse enorme prejuízo é decorrente do arrocho salarial imposto pelas reitorias de maio/2015 a maio/2019.

Para recompor essas perdas, em maio deste ano a USP e a Unicamp deveriam ter concedido um reajuste de 15,75%. Na Unesp, que não honrou o reajuste de 3% da data-base de 2016, esse percentual deveria ter sido de 19,05%.

Com a concessão de 2,2% na USP e na Unicamp em maio/2019, e zero na Unesp, a situação ficou ainda pior. Com a “soma” dos zeros de 2016 e 2019, os servidores docentes e técnico-administrativos da USP e da Unicamp, ainda que com reajustes abaixo da inflação, já percebem uma remuneração 5,27% acima da praticada na Unesp, o que representa um duro golpe no já frágil sistema público de ensino superior paulista.