Disparada de contaminações pela ômicron pede cautela. Fórum apoia categorias em luta por garantias a saúde e a vida de  todas e todos

Disparada de contaminações pela ômicron pede cautela. Fórum apoia categorias em luta por garantias a saúde e a vida de  todas e todos

Com o surgimento da variante ômicron, o novo ano se inicia ainda cercado de incertezas em relação à pandemia de Covid-19, mesmo que os tempos mais sombrios – quando o país chegou à trágica marca de 4 mil mortes diárias – pareçam ter acabado.

Dados oficiais no site do Ministério da Saúde, em 26/1/2022, mostram que a situação pandêmica é grave:

- Em 8 estados, a ocupação de leitos de UTI Covid-19 já é superior a 80%. Em São Paulo, o índice é de 65% (na capital, 72%);

- O número de óbitos em 26/1 (no intervalo de 24h) foi de 570, o mais alto desde novembro/2021.

- O número de contaminações oficiais em 26/1 (no intervalo de 24h) foi de 224.567. Especialistas julgam ser muito superior, devido à escassez de testes no país.

Ainda que a vacinação garanta alta proteção contra casos graves e internações, o número de contaminações assusta. “É tão maior o número de novos casos que, mesmo se a gente tiver 90% de redução na proporção das hospitalizações de antes da vacina, isso ainda pode pressionar o sistema de saúde”, alerta Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19 (Folha de S. Paulo, 25/1/2022).

A expectativa de vários pesquisadores é que o pico das contaminações seja atingido em fevereiro, o que torna o mês crítico, com a necessidade de preservar as pessoas e contribuir para conter o avanço da contaminação. O cálculo é baseado nas curvas de contágio pela variante em países com cobertura vacinal semelhante ao Brasil: subida por cerca de cinco semanas e, depois, queda.

“É um tsunami que vem e vai muito rapidamente. Se considerarmos a semana entre Natal e Ano Novo como início da curva epidemiológica, teremos o pico no começo de fevereiro para depois começar a queda”, disse o epidemiologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda (O Globo, 19/1/2022). “É uma estimativa difícil. Mas, depois do pico, começa a cair. Talvez, no final de fevereiro o número de casos já será bem menor”, prevê Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (CNN/Brasil, 18/1/2022)

As entidades que compõem o Fórum das Seis defendem a suspensão de aulas presenciais e a colocação de todas/os as/os servidoras/es técnico-administravas/os em trabalho remoto, com exceção dos serviços essenciais e das atividades dos cursos das áreas de saúde, até o início de março, com posterior avaliação feita de forma participativa e democrática, envolvendo todos os setores das instituições, inclusive as entidades do Fórum das Seis.