Uma nova jornada de mobilização nacional da educação, com greve, paralisações e atos regionais, nos dias 2 e 3 de outubro de 2019, está sendo organizada por entidades nacionais, como Andes-SN, Fasubra Sindical, Sinasefe, União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes (UEE), centrais sindicais e outras. O apoio das centrais sindicais foi decidido em plenária realizada nos dias 14 e 15/9, na sede da Central única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo.
O chamado acontece no momento em que se completam nove meses de desgoverno, no qual permaneceram sob ataques constantes as universidades públicas, a educação, a ciência e a tecnologia nacionais, entre outros. As lutas em defesa da educação têm sido expressivas, como as grandes manifestações de 15 e 30 de maio, o ato da educação em Brasília de 12 de julho e a greve nacional da educação de 13 de agosto.
Neste momento, as universidades e institutos federais insurgem-se contra o privatizante projeto do governo, o Future-se, e estamos na iminência de um colapso completo no sistema nacional de pós-graduação, com o corte generalizado de bolsas, o que tende a agravar ainda mais a crise na produção nacional de ciência, tecnologia e pensamento crítico, com sérias consequências para a economia do país.
Na Unesp, não nos faltam razões para engrossar esta mobilização. Estamos com os salários arrochados e sequer recebemos os reajustes pagos na Unicamp e na USP nos anos de 2016 e 2019; as contratações estão praticamente congeladas há cinco anos, o que estrangula vários departamentos e setores da Universidade; as respostas da Reitoria à crise de financiamento voltam-se contra a própria comunidade – como é o caso da redepartamentalização forçada – e ameaçam empurrar cada vez mais a Unesp rumo ao desmonte e à privatização.
Diante deste quadro, a Adunesp indica às suas subseções e representantes de base que realizem assembleias e reuniões para discutir como se engajar no calendário de 2 e 3 de outubro, aproveitando estas datas para debater as questões internas da Unesp e, também, somar-se à mobilização nacional em defesa da educação, ciência e tecnologia públicas.
