“Fora, Bolsonaro”: Adunesp subscreve repúdio à intimidação de coordenador da Apeoesp em Bauru

“Fora, Bolsonaro”: Adunesp subscreve repúdio à intimidação de coordenador da Apeoesp em Bauru

A Adunesp soma-se às manifestações de repúdio à intimidação sofrida pelo professor Marcos Rogério Chagas, coordenador da subsede da Apeoesp em Bauru. Na manhã de 2/9, policiais militares foram até sua casa e, ao não encontrá-lo, dirigiram-se à escola onde o docente atua.

Abordado em sala de aula, Chagas soube o motivo da “busca”: a Polícia Militar queria questioná-lo sobre o local do protesto “Fora Bolsonaro”, inicialmente previsto para o Parque Vitória Régia, a partir das 9h do dia 7/9. A razão: o local já estaria reservado para a manifestação organizada pelo deputado Capitão Augusto (PL). Segundo a PM, em nota posterior, “os manifestantes dos dois eventos possuem divergências e antagonismos políticos partidários, e é razoável supor que poderá ocorrer grave quebra da ordem pública” caso os dois grupos se encontrem. 

O coordenador da Apeoesp explicou que não era o responsável pelo evento “Fora, Bolsonaro” em Bauru, que estava sendo preparado por organizações políticas e sindicais, e não por indivíduos. Mesmo diante da explicação, os policiais avisaram o docente que precisariam de uma resposta até o período da tarde, quando haveria uma reunião do comando do batalhão. Na nota divulgada após a repercussão do fato na imprensa, a PM disse entender que as duas manifestações “possuem o direito de expressarem seus pensamentos”, mas, de acordo com o artigo 5º da Constituição Federal, “uma manifestação não pode frustrar outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local”.

Reunida na noite de 2/9, a coordenação do ato “Fora, Bolsonaro” em Bauru decidiu mudar o local da manifestação para a frente da Câmara Municipal, no mesmo dia, às 9h30. A intervenção vai se deslocar até a praça Machado de Mello, em frente ao prédio da antiga estação ferroviária.  

“Defesa da vida, dos direitos e da democracia”

A ação da PM em Bauru nos remete a episódios frequentes na ditadura empresarial militar de triste memória.

Em manifesto de denúncia do ocorrido, a Apeoesp afirma: “Não aceitamos e jamais aceitaremos intimidações dessa natureza. O ocorrido apenas reforça a necessidade de realização dos atos de 7 de setembro pelo fim do governo autoritário de Jair Bolsonaro, que, além das ameaças golpistas, utiliza-se ilegalmente do aparato policiais para tentar frear a onda de mobilizações que o derrotará. Tudo isso sob a cumplicidade do governo de João Doria, que tentou impedir também a realização de atos no estado de São Paulo. Em defesa da vida, dos direitos e da democracia, não nos calarão!”

Atos em todo o país: Fora, Bolsonaro!

Em consonância com centenas de organizações sindicais, sociais e políticas de todo o Brasil, a Adunesp reforça o convite às manifestações convocadas para 7 de setembro.

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