Plenária encaminha Chapão da Adunesp e reforça indicativo às assembleias para discutir data-base 2020 e adesão ao 18M

Plenária encaminha Chapão da Adunesp e reforça indicativo às assembleias para discutir data-base 2020 e adesão ao 18M

A definição do Chapão da Adunesp às eleições para os colegiados centrais da Unesp foi um dos principais pontos na Plenária Estadual de 6/3. Promovidas pela Unesp a cada dois anos, as eleições para os órgãos colegiados centrais – Conselho Universitário, CEPE, CADE e outros – estão convocadas para os dias 4 a 7 de maio.

Assim como fez nos pleitos anteriores, a Adunesp promoveu uma série de plenárias estaduais, que resultaram na organização de um conjunto de candidatos – o Chapão da Adunesp. Eles assumem o compromisso de defender, nos colegiados centrais e nas câmaras assessoras, uma Unesp pública, laica, gratuita, democrática e de qualidade socialmente referenciada, conforme princípios consolidados nas propostas construídas coletivamente nas plenárias e que resultaram na Carta Programa do Chapão, que tem como mote geral “A Universidade necessária: Da que temos à que queremos” (clique para conferir).

Em meio a uma conjuntura tão complexa, com tantos ataques e desafios desde a esfera federal, passando pela estadual e chegando à administração da Unesp, ocupar todos os espaços possíveis nas esferas decisórias da Universidade é fundamental.

Passado o período de inscrições – que se estende até 23 de março – terá início a campanha pelos candidatos e propostas defendidas. Fique atento à divulgação.

R$ 21.758,14 é o mínimo que perdeu um professor Assistente Doutor por conta dos índices não honrados pela reitoria da Unesp

Um dos pontos debatidos pela Plenária da Adunesp em 6/3 foi o início da campanha salarial de 2020. Várias possibilidades de reivindicações foram levantadas, mas a posição que a Adunesp encaminhará ao Fórum das Seis deverá ser definida na próxima Plenária, depois de realizada uma nova rodada de assembleias nos campi.

A data-base dos servidores docentes e técnico-administrativos das três universidades é 1º de maio e, por isso, o Fórum das Seis – que agrupa os sindicatos destas instituições, entre eles a Adunesp – já deu início à preparação da campanha. O primeiro passo é uma rodada de assembleias que se estende até 12 de março, na qual devem ser discutidas a data-base (cenários, possíveis reivindicações) e a adesão ao 18M.

A Adunesp preparou um boletim (o AdunespviaNET 179) que mostra o tamanho do rombo nos nossos salários. Apenas por conta do não recebimento dos índices pagos pelo Cruesp em 2016 (3%) e em 2019 (2,2%), que a Unesp não honrou, um professor Assistente Doutor deixou de receber, pelo menos, um montante de R$ 21.758,14 no entre os meses de maio/2016 a fevereiro/2020.

Clique para conferir o boletim que detalha estas informações.

Violência na Alesp

Os presentes à Plenária de 6/3 autorizaram a Adunesp a tomar todas as medidas jurídicas e administrativas possíveis contra a violência da polícia durante o ato realizado por milhares de servidores na Assembleia Legislativa (Alesp), em 3/3/2020, durante a votação da reforma da Previdência do estado. Sob ordens do presidente da casa, Cauê Macris, e do governador Doria, os policiais da tropa de choquenão pouparam bombas de gás lacrimogêneo, sprays de pimenta, cassetetes e balas de borracha. A barbárieserviu para garantir um pacote de medidas nocivas aos servidores públicos, que dificultam a aposentadoria, aumentam as contribuições e diminuem os proventos. (Para mais detalhes, confira Boletim do Fórum).

Participantes da Plenária chamaram a atenção para o fato de a tropa de choque jogar bombas, inclusive, sobre o carro de som que comandava o ato, num claro atentado contra o direito democrático de livre manifestação, uma atitude antissindical que fere a Constituição.

A Adunesp deverá buscar articulação com outras entidades sindicais paulistas e de outros estados para fazer esta denúncia, bem como cobrar do Cruesp que se posicione a respeito.

A entidade também organizará atividades de repúdio aos parlamentares que votaram a favor da reforma, em especial aqueles que compõem a “Frente em Defesa da Unesp”, a FrentUnesp. Obviamente, é incompatível “defender” a Unesp e, ao mesmo tempo, atacar seus servidores. Seus nomes serão amplamente divulgados em todo o estado.

Todo empenho para um grande 18M

Os presentes à Plenária da Adunesp em 6/3 avaliam que os fatos que culminaram com a aprovação da reforma da Previdência em SP devem servir como combustível para a garra e a luta dos servidores públicos e do conjunto dos trabalhadores, contra a retirada de direitos e a destruição dos serviços públicos, e para lutar para reverter as medidas já aprovadas. Este é o projeto dos governos federal e estadual. O próximo passo, já anunciado pelo governo Dória, é aprovarem a reforma administrativa, para atacar ainda mais os servidores (como acabar com a estabilidade, com benefícios temporais e com o abono de permanência, entre outros itens). Nossa resposta tem que ser a mobilização nas ruas.

Em sintonia com as entidades que compõem o Fórum das Seis, a Adunesp conclama a categoria docente da Unesp a paralisar suas atividades e participarefetivamente das mobilizações convocadas para o dia 18 de março, o 18M. Inicialmente chamada pelas entidades representativas da educação e centrais sindicais como dia de greve nacional da educação, a data já mobiliza todas as categorias do funcionalismo público.

A deliberação pela adesão ao 18M deve se dar nas assembleias de base que estão sendo realizadas pelas subseções e representantes de base da Adunesp nos campi. Participe!