Plenária organiza eleições na Adunesp, aprova manifesto político e chamado à mobilização em 5/6

A Plenária Estadual da Adunesp realizada em 26/5/2017, em São Paulo, discutiu aspectos da conjuntura nacional e do cenário que envolve a data-base deste ano. Os representantes dos campi presentes também aprovaram a regulamentação do processo sucessório da entidade. 

A Adunesp vai eleger sua nova diretoria, para o biênio 2017/2019, nos dias 8 a 10 de agosto de 2017. A Plenária deu início ao processo, aprovando o calendário, o regimento do pleito e a Comissão Eleitoral, que será divulgada em breve.

Participar do processo eleitoral é contribuir para fortalecer o Sindicato da nossa categoria, ferramenta indispensável de luta nestes tempos difíceis que assolam a Universidade e o país. Precisamos de um sindicato forte e atuante, que possa aprimorar ainda mais o trabalho de organizar a categoria para as batalhas cotidianas que estamos travando e que ainda teremos que travar. As eleições que se aproximam apresentam-se como uma oportunidade para revigorar nossa capacidade frente à luta necessária para garantir a preservação de uma Unesp pública, gratuita, laica e capaz de produzir conhecimento científico e pensamento crítico independente e socialmente relevante.

Os documentos relacionados às eleições serão disponibilizados em seção específica no site da Adunesp. Fique atento!

Conjuntura nacional: Fora, Temer! Diretas, já! 
Nos debates realizados durante a Plenária, foi consensual a avaliação de que o contexto político é crítico e com perspectivas desastrosas para a economia do país. Vivemos momentos em que o governo federal tem se esforçado em suprimir direitos da classe trabalhadora consagrados na Constituição de 1988, enquanto os governos estaduais se mostram ansiosos para replicarem medidas semelhantes, que apontam para o desmonte do serviço público, o que certamente atinge as nossas universidades. 

Além disso, temos no horizonte a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a terceirização que, caso sejam todas aprovadas, produzirão seus efeitos nefastos sobre nós, mais cedo ou mais tarde, prejudicando a todos e com uma carga ainda maior recaindo sobre os docentes mais jovens.

A Plenária aprovou apoiar todas as mobilizações pelo “Fora, Temer” e por “Diretas, já!”, e também deliberou convocar os membros do Chapão da Adunesp para que introduzam a discussão sobre a conjuntura nos órgãos colegiados em que atuam e defendam esta posição, solicitando que aprovem uma manifestação pública a respeito.

Universidade e crise de financiamento
Neste clima de insegurança jurídica e de crise de financiamento, a constatação dos presentes à Plenária é que os reitores têm adaptado as despesas das universidades ao aporte de recursos provenientes da arrecadação do ICMS e, em várias ocasiões, tiveram uma atuação discretíssima, ou se omitiram completamente, na busca de mais recursos para as universidades públicas paulistas.Frequentemente dificultam, ou mesmo reprimem abertamente, os movimentos reivindicatórios da comunidade universitária. 

Com a desculpa da crise, não têm ocorrido contratações de servidores técnico-administrativos nem de docentes em situações em que isto é absolutamente necessário, nossas carreiras estão congeladas, muitos investimentos sofreram cortes expressivos. E isto tudo vem acompanhado de duas coisas extremamente preocupantes: ainda não temos provisionamento que garanta o 13º salário e a Reitoria da Unesp ainda não honrou o compromisso assumido pelo Cruesp em 2016, de reajustar nossos salários naquela data-base em míseros 3%. 

A Plenária reforça solicitação já feita pelo Fórum das Seis, de que as universidades informem os valores de suas reservas financeiras atuais e discrimine com quais itens estão comprometidas em curto, médio e longo prazos.

Com o zero% colocado na mesa unilateralmente pelo Cruesp neste ano, e com a reedição do “DEVO, NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER” da gestão Durigan pelo atual reitor da Unesp, por hora a situação é a seguinte: os salários dos servidores docentes e técnico-administrativos da USP e da Unicamp acumulam cerca de 10% de perda do seu poder aquisitivo, enquanto que, na Unesp, ela é de aproximadamente 13%. 

5/6: Paralisação e ato durante a negociação com o Cruesp
A Plenária Estadual de 26/5/2017 reforçou a importância dos indicativos do Fórum das Seis para o dia 5 de junho, segunda-feira, quando ocorrerá nova negociação entre Fórum das Seis e Cruesp: paralisação nas unidades e participação em ato público em São Paulo, às 9h, em frente à sede do Cruesp (Rua Itapeva, nº 26).

A Adunesp orienta suas subseções e representantes locais a realizarem assembleias até o dia 31/5, para debater a conjuntura da data-base e estes indicativos. O Fórum das Seis volta a se reunir em 1º/6.

O agendamento das assembleias e posterior resultado deve ser informado para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. 

Clique aqui para conferir o manifesto político aprovado na Plenária de 26/5/2017, dirigido “aos membros do Chapão da Adunesp e a todos os docentes comprometidos com os valores democráticos”

Clique aqui para conferir moção contra a violência durante o Ocupa Brasília