Todos às assembleias de base para avaliar o indicativo de GREVE feito pelo Fórum das Seis. Dia 5/6 tem assembleia estadual da Adunesp

Como bem mostrou o Boletim do Fórum de 27/5/2019, que trouxe os resultados da terceira negociação com o Cruesp, realizada no mesmo dia, a política dos reitores das universidades estaduais paulistas é a de “sanear” as contas destas instituições prioritariamente à custa da degradação dos salários e das condições de trabalho de servidores docentes e técnico-administrativos. 

Sequer se dispõem a cobrir a inflação do período, ou seja, o que já foi “comido” do nosso poder aquisitivo. Aliás, esta política de arrocho vem sendo imposta de maneira mais drástica e evidente a partir de 2015. O resultado disso é bastante concreto: desde 2015, tivemos o confisco aproximado de 4 salários brutos na USP e na Unicamp, e de 5 salários brutos na Unesp.

A cartilha do Fórum das Seis (segue link no final do texto) mostra, no entanto, a viabilidade de atendimento das nossas reivindicações salariais. A previsão de arrecadação do ICMS da Secretaria da Fazenda para 2019, de 108,2 bilhões, por exemplo, é expressivamente superior à previsão utilizada pelos técnicos do Cruesp (de R$ 107 bi) e que, por sinal, é usada para justificar o reajuste de 2,2%. O documento evidencia que, mesmo concedendo um reajuste de 8% na Unicamp e na USP, e de 11,24% na Unesp, o comprometimento médio com folha em 2019 seria de, respectivamente, 89,82%, 86,70% e 89,31%.

Na Unesp, sequer o insuficiente índice de 2,2% proposto pelo Cruesp para esta data-base será honrado. Assim, como em 2016, teremos zero, com a isonomia cada vez mais distante.
O fato é que estamos convivendo com uma política explícita de desmonte da educação superior pública e, em especial, da Unesp. Os sinais são claros:

  • O governo do estado não repassa os recursos necessários ao funcionamento da Unesp, Unicamp e USP, inclusive burlando a lei. E nossos reitores não os cobram publicamente, optando por “equilibrar” as contas com o arrocho dos salários e das condições de trabalho.
  • Há muito tempo não temos a contratação via concurso público de servidores docentes e técnico-administrativos. Sequer as reposições que deveriam ser automáticas, nos casos de falecimentos e aposentadorias, estão ocorrendo.
  • As carreiras dos servidores docentes e técnico-administrativos estão suspensas.
  • Por proposta da reitoria, o CO recém-aprovou, ao arrepio do estatuto da Universidade, que o regime de contratação preferencial passa a ser o RTC, num claro ataque ao tripé ensino/pesquisa/extensão.

Basta! A comunidade precisa tomar a defesa da Unesp em suas mãos! Somente assim será possível preservar nossos direitos! Não existe educação pública de qualidade sem valorização salarial e respeito às condições de trabalho! Nos mobilizamos agora, ou aceitamos nos tornar uma universidade de segunda classe no estado de SP.

 

Atenção ao calendário de luta

  • Até 4 de junho: realização de assembleias de base, para analisar a negociação de 27/5, e o indicativo do Fórum de greve a partir de 6 de junho.
  • 5 de junho, 9h: Assembleia Geral da Adunesp, em São Paulo (local a ser informado), para tabular os resultados das assembleias de base e definir o posicionamento da categoria sobre a greve proposta pelo fórum. Em caso de aprovação da greve, definir a data de seu início entre os docentes da Unesp.
  • Adesão ao dia 30 de maio (com paralisação ou mobilização).
  • Adesão à greve geral de 14 de junho.
  • 15 de junho: Plenária Estadual da Adunesp.

Clique para conferir Cartilha do Fórum das Seis sobre viabilidade de reajuste